sábado, 29 de outubro de 2016

Feriado em Ipitanga/Vilas


A Pousada Ipitanga IV é fantástica.



A primeira noite eu jantei na Pizzaria Dom Basílico. Eles também entregam a domicilio no Pedidos Já.




Almocei na Barraca Buraco da Velha, mas não gostei. Caro demais.


Do lado da pousada fica o Espaço Holístico Lua Nova, mas só me interessei pela massoterapia.



Ir por Lauro de Freitas é muito ruim. Um dia vou fazer esse caminho:

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Eu quero voltar para essa graminha:




domingo, 19 de janeiro de 2014

Bom Jesus dos Passos

Pegamos um ônibus na rodoviária de Salvador com destino a Madre de Deus e descemos no terminal marítimo. Quem faz a linha é a ATT e a passagem custou R$6,50.

No porto, pegamos um barco para a ilha de Bom Jesus dos Passos. A passagem custa 2,50.

Ficamos na pousada Di Luis, jantamos no João do Pirão, no dia seguinte fiz aula de windsurf na Axé Wind.



domingo, 9 de janeiro de 2011

Como foi Jeri


Enfim, com algumas décadas de atraso, conheci Jericoacoara. Era inadmissível ser cearense e não conhecer a praia que talvez seja a mais famosa do Ceará. Cumpri com minha obrigação cívica. E, devo dizer, essa foi uma obrigação que não me desgostou nem um pouco.

Optei por ir logo após o Natal, aproveitando que estava em Fortaleza para as festividades com a família. Fui dia 25 e voltei dia 29/12/2010. Não deu pra ficar mais tempo, porque a partir do dia 30 o albergue (e imagino que todas as pousadas e hoteis) começa a cobrar o pacote de Reveillon.

Dia 25
Peguei o ônibus da Redenção que sai às 18 horas. Desvantagem: chegar a Jeri no meio da madrugada sem saber onde fica o hostel é meio atordoante. Mas não foi um problema dramático.

A Redenção vende a passagem com direito à jardineira. Funciona assim: segue-se de ônibus até Jijoca e chegando lá, somos reacomodados na jardineira. Viajar de jardineira à noite sob a luz da lua, no meio do coqueiral e pela praia é lindo. Principalmente se pegarmos a jardineira boa, porque a da volta foi um suplício de tão velha.

Fiquei no albergue Jeri Brasil, que é o credenciado pela HI. Foi uma ótima escolha. Acolhimento e instalações muito bons. Minha estreia como alberguista foi em alto nível. Fiz a reserva com bastante antecedência, liguei também no dia, para me certificar. Fiquei em quarto coletivo, com diária de R$30,00.

Dia 26
Primeiro dia em Jeri, primeiro passeio. Juntei-me a uma família do Rio muito gente boa e visitamos Tatajuba. A primeira parada, se não me engano, seria para ver os cavalos marinhos, mas não paramos. Seguimos para a velha Tatajuba, cidade que foi engolida por uma duna. No alto da duna tem duas barracas onde paramos pra tomar água de coco e ouvir a estória do lugar. Passando pela nova Tatajuba, subimos, decemos, subimos dunas. Lá em cima tem gente alugando tabica pra praticar esquibunda.

Chegando à lagoa da Torta, avista-se uma das ideias mais geniais da humanidade: rede armada dentro da lagoa, para ficar horas “com os fundos n´água”, como diz minha irmã, e pensando na dureza da vida. Quem cansar disso pode andar de caiaque, como fizeram os vizinhos de mesa - que acabaram se cansando bem mais.

Quando bateu a fome, pedimos o cardápio. O “cardápio” vem em uma bandeja: são os peixes frescos para escolher qual mandar fazer na hora. Escolhemos nosso peixe, que vinha com os acompanhamentos de praxe, inteiramos com batata frita, suco na jarra... foi R$20 por cabeça. Muito bom.

Voltamos ao albergue aí pelas três da tarde.

Avaliação do passeio: obrigatório. Mesmo que, como eu, você tenha passado a infância passando os finais de semana na Taíba e não veja novidade em subir duna de bugue e descer de tabica, não dá para não fazer este passeio. O preço cobrado foi R$45,00 por cabeça, com bugueiro credenciado, agendado pelo dono do albergue.

No final deste dia, do seguinte e do outro seguinte, assisti ao por do sol de cima da duna que fica próximo à vila. Eu e todos os viajantes presentes na cidade. Tem que bater ponto lá. É uma duna baixinha, sobe-se ligeiro. Quem quiser desce pela parte íngreme, que é mais divertido. Nessa hora começa uma roda de capoeira, armam-se as barraquinhas de caipirinha e começa a noite.


Dia 27
Nesse dia formamos um grupo procedente dos mais variados lugares para visitar a pedra furada, o cartão postal mais clássico de Jeri. Cometemos o erro crasso de sair do albergue às 11 da manhã, mas seguimos em frente. A maré estava alta, inviabilizando seguir pela praia em boa parte do trajeto. Mas no caminho tinha um providencial vendedor de água de coco e cerveja. Chegando à pedra, muitas fotos.

Avaliação do passeio: já tinha ouvido opiniões bem divergentes sobre este passeio. Uma hóspede do albergue chamava de “passeio furado da pedra ecológica”. Mas o fato é que esse passeio agrada às pessoas dependendo da personalidade. Quem não gosta de andar e espera algo além de uma bela paisagem no final vai voltar decepcionado. Como disse uma amiga, a ideia é aproveitar a viagem, sem se preocupar com o ponto de chegada. Foi assim com Lost, é assim com a pedra furada. O trajeto foi marcado por um bom papo com as pessoas que conheci no albergue.

Recomedações óbvias: saia cedo para o passeio, atente para a maré, use muito protetor, chapéu e leve uma garrafa de água (não sei se o vendedor estará lá quando você for). Quem não gosta de caminhar, não faça, compre um postal e ou baixe uma imagem na internet e coloque sua cara lá com photoshop. Tenha certeza que seu corpo vai cobrar o preço nos dias seguintes. Penso que talvez tivesse sido melhor deixar para fazer este passeio no último dia em Jeri e deixar pra sentir as pernas doendo só de volta a Fortaleza. A propósito, no retorno pra Fortaleza, ouvi um pessoal dizendo que tinha pago R$10,00 para voltar da pedra pra vila, de quadriciclo ou algo assim. Não vi nada disso, se interessar consulte seu agente local.

Neste dia almoçamos no Sabor da Terra do Tonhão, pedimos dois peixes ao molho de alcaparra. Uma delícia. Recomendo enfaticamente

O jantar, por sua vez, foi no restaurante Dona Amélia. Pedimos uma camarão à delícia e outro na abacaxi para sete pessoas. Uma total falta de absurdo. De bom.


Dia 28
Mais um passeio de bugue, desta vez para as Lagoas Paraíso e Azul. Fui com um animado grupo de meninas paulistas, fechamos dois bugues. Neste passeio não tem subida a duna, segue-se direto pra Lagoa Paraíso. Aliás, que nome bem dado! Uma hora aquela água está azul, na outra está verde, e depois você nem sabe dizer, mesmerizado. Novamente, a ordem é entrar na água e meditar sobre o segredo da vida, do universo e tudo mais. Descobri uma companheira de caminhada e batemos perna pela margem da lagoa. Lá tem passeio de jangada, com opção de prática de esquibucho, mas nosso almoço já estava saindo, não deu pra ir. Ficamos no Corsos e pedimos uma peixada cearense, um peixe a delícia e um peixe assado. Maravilhosos. Aliás, dica básica: em todos os restaurantes que fomos, dois pratos servem três pessoas, três pratos servem oito pessoas. É besteira pedir um prato para dois, ou para um, como chegou a acontecer noutro lugar. Seguindo esta regra de ouro, as refeições saíam a vinte e pouco reais por cabeça. Infelizmente, não tenho mais como lembrar quanto foi gasto em cada lugar.

O destino seguinte foi a lagoa Azul. Para chegar aos barracas desta lagoa, é preciso pegar uma jangada e atravessar a lagoa. É rapidinho e custa R$2,00. O jangadeiro mais legal foi o da volta, o seu Francisco, que tirou milhões de fotos nossas na jangada.

A lagoa Azul é bonita, mas a Paraíso foi muito superior. Também a lagoa Azul estava mais cheia. Nós também já estávamos com a barriga bem cheia.

Na volta, passamos pela praia do Preá, uma espécie de Meca do povo de kite-Surf. Da próxima vez que for a Jeri, ainda tomo umas aulas desse troço. Mas pra quem não é kitesurfista, não é nada de excepcional. Quase na volta, outro ponto de parada foi a árvore da Preguiça.

Dia 29
Último dia, com a passagem marcada para as 3 da tarde, resolvi ficar pela praia de Jeri mesmo, sozinha dessa vez. Aliás esse foi um dia em que eu caí da cama e resolvi assistir ao nascer do sol de cima da duna. Não fui a única, tinha uma pá de gente lá. Voltei para o café da manhã, botei um biquini e desci para a praia da malhada. Nada de tão especial, apenas um preparativo para o retorno.

Aliás, sobre o retorno.
Talvez a jardineira velha funcione somente no horário das 15 horas, não sei. Se for assim, compre o retorno para outro horário. Não vale à pena o sacolejo, o caminho comprido, a impressão que a qualquer hora teremos que descer e empurrar.
Na volta, dá pra escolher entre vários pontos finais: três em hotéis (um na Monsenhor Tabosa e dois na Beira-Mar), Aeroporto ou Rodoviária.


Avaliação geral:

Desconhecer Jeri é imperdoável. Visitar aquele lugar é um imperativo ético, uma necessidade histórica, ou algo do tipo. Acho que o tempo mínimo de estadia é quatro dias, algo mais ou menos como eu fiz. O tempo máximo eu não sei dizer, tem gente que se encantou e passou a morar lá. No albergue conheci um carioca que vai a Jeri todos os anos desde 2002, em temporadas de um mês. No camping, uma piracicabana (coincidência) planejava passar os próximos meses por lá.

Só descrevi o roteiro de Jeri by day porque não estava a fim de viver a Jeri by night, que é um caso a parte. Fica pra outra vez, se estiver no clima.

Cada pessoa vê o lugar a partir das lentes de sua própria bagagem. Muita coisa para mim não era novidade ou era apenas uma versão aprimorada de coisas que eu já conhecia. Mas teve algo que me supreendeu e merece louvor. Um cuidado especial com o lugar. Se o vendedor ambulante ia à praia com vinte cocos e vendia todos, voltava com vinte cascas de coco, não ficava resto na praia. Se tal duna ficava em área de preservação ambiental, então o bugueiro não subia. Aliás a fiscalização do trânsito me pareceu satisfatória, limitando o número de carros circulantes na cidade, restringindo a quantidade de passageiros por bugue, checando sempre se o bugueiro tinha autorização para atuar. Poderia ser assim em mais lugares, não é?

Não tirei nenhuma foto de Jeri, fui de carona nas câmaras do pessoal. Fiquem com as de Alex Uchoa, que são melhores do que qualquer uma que eu tivesse feito.

Links de interesse:
* http://www.pbase.com/alexuchoa/jericoacoara
http://www.trilhaseaventuras.com.br/extras/publicacoes/materia.asp?id=708
http://picasaweb.google.com/lh/photo/N21n6Cri_G_cUKHetHEufw
http://cruz.olx.com.br/curso-de-kit-surf-na-melhor-praia-do-ceara-praia-do-prea-iid-9929366
http://www.jericoacoara.com/j1/pages/posts/restaurante-sabor-da-terra151.php
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=388947
http://www.tucum.org/site/2313/nota/111753
http://www.jeri-brazil.org/tatajuba.html
http://setedoses.com/2009/12/01/a-politica-da-boa-vizinhanca/